Padre João Júnior

O garoto começou a ter aulas com um mestre de Judo japonês já bastante velho.O rapaz estava indo bem, então ele não conseguia entender por que, após três meses de treinamento o mestre havia lhe ensinado somente um movimento.
“Sensei”, o menino disse finalmente, “não devo aprender mais movimentos?
“Este é o único movimento que você sabe, mas este é o único movimento que você precisa saber”, respondeu o Sensei.
Sem entender completamente, mas acreditando em seu mestre, o menino manteve formação.
Vários meses depois, o sensei levou o menino em seu primeiro torneio.Surpreendendo-se, o menino ganhou facilmente seus dois primeiros jogos.O terceiro jogo provou ser mais difícil, mas depois de algum tempo, o seu adversário ficou impaciente e o garoto habilmente usou seu movimento para ganhar a luta.
Ainda surpreso por seu sucesso, o menino estava agora nas finais.
Desta vez, seu adversário era maior, mais forte e mais experiente.Por um tempo, o rapaz parecia ter sido vencido.Preocupado que o menino pudesse se machucar, o árbitro chamou um intervalo.Ele estava prestes a parar o jogo quando o Sensei interveio.
“Não”, o Sensei insistiu: “Deixe que ele continue.”
Logo em seguida a luta recomeçou, o seu adversário cometeu um erro crucial: ele deixou cair sua guarda.Imediatamente, o menino usou seu movimento para imobilizá-lo.O menino ganhou a luta e o torneio.Ele foi o campeão.
No caminho para casa, o menino e o Sensei revisaram cada movimento de cada lua. Então o menino teve a coragem de perguntar o que passava realmente em sua mente.
“Sensei, como eu ganhei o torneio com somente um movimento?”
“Você ganhou por duas razões”, disse o Sensei respondeu.“Primeiro, você dominou um dos mais difíceis movimentos do Judo. E, segundo: a única defesa conhecida para esse movimento que os seus oponentes tinham era agarrar seu braço esquerdo.”
Refletindo a parábola:
Quantas vezes estamos desmotivados acreditando que não somos capazes de fazer algo, em virtude de nossas limitações? O verdadeiro cristão, não foi criado para ficar reclamando da vida, mas buscar um meio pelo qual possa superar os seus limites e fraquezas. Esse menino, não se intimidou diante de sua condição, mesmo sem entender porque não aprendia outras lições. Ele acreditou que era capaz, Deus o dotou com dons fantásticos, e mesmo sem um braço, ele não se tornou alguém inferior, pois ele continua sendo filho de Deus e capaz de realizar coisas impressionantes.
O que precisamos aprender hoje, é que, temos que nos adaptar às circunstâncias da vida. Não é a toa que em nossos tempos, pessoas idosas se sentem mais felizes, e com expectativa de vida muito maior. Elas se sentem valorizadas, porque estão compreendendo, que a idade, pode trazer algumas limitações, mas, elas não estão impossibilitadas de realizarem mais nada, pelo contrário, pela experiência de vida, podem contribuir muito para o bem da sociedade.
E você? Se sente inferior por algum motivo? Levante sua cabeça, pois todos nós somos úteis na sociedade, de uma forma ou de outra. Cada um do seu jeito, com as qualidades e dons recebidos de Deus, e que não é porque nós não nos sentimos iguais aos outros que devemos nos acomodar. Somos únicos. Ninguém é igual, entretanto, todos temos dons e carismas dados pelo Espírito Santo de Deus.
Você é como esse menino que acredita nas suas capacidades, ou é daqueles que reclamam o que os outros possuem?
Pense bem!
Um abraço!
Fonte: Blog de Padre João Júnior
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